12/09/2006
O físico Carlos Henrique de Brito Cruz, atual diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), concedeu entrevista à Revista VEJA, e abordou importantes temas sobre os caminhos da ciência no Brasil. Brito alertou para os problemas de falta de competitividade que o Brasil pode sofrer em breve, por não investir em inovação tecnológica, pela disparidade entre o número de pesquisadores que atuam nas universidades (70%) e na iniciativa privada, apenas 30%.
“Todos os países que construíram uma agenda de desenvolvimento baseada no conhecimento têm distribuição oposta a essa. Nos Estados Unidos e no Japão, a relação é inversa: apenas 20% dos pesquisadores estão na universidade e os outros 80%, nas empresas”, argumentou.
Para Brito, o problema não está na quantidade de doutores formados por ano no Brasil – atualmente são 10 mil pessoas – mas sim, no perfil, pois o Brasil forma poucos doutores em engenharia e ciências naturais, áreas importantes para o incremento da inovação, segundo Brito.
Uma saída apontada por Brito para mudar o futuro da ciência no Brasil é incentivar a inovação e atrair mais pesquisadores para a indústria, abrir o mercado mundial para o País, e contar com a participação do Estado para realizar um conjunto de ações para estimular as empresas em investirem em tecnologia.
Leia a entrevista completa que o físico concedeu à revista no site www.revistaveja.com.br
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Priscila Tescaro - jornalista
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